O Jardim Zoológico do Rio vai ganhar cara nova e vai se transformar num bioparque. Ou seja, os animais vão circular por recintos livres de grades e com integração entre espécies, enquanto os visitantes circularão por túneis corredores e passarelas. E para esta reformulação foi programada uma demolição simbólica para esta terça-feira (5), para dar início às reformas.

Segundo representantes do Grupo Cataratas – que administra o zoo –, será adotado o conceito de enclausuramento inverso, quando animais são integrados ao ambiente e há o uso de barreiras naturais.

Por causa das obras, que devem durar dois anos, com previsão de custo de R$ 65 milhões, o zoo vai funcionar parcialmente. Ou seja, somente de sexta a domingo e nos feriados.

O novo zoo prevê a construção de seis grandes biosferas que representarão ecossistemas, como Floresta Tropical, Savana Africana e Biosfera das Aves. Toda ambientação se aproximará ao máximo dos habitats naturais das espécies.

No novo projeto, o passeio começa pela Biosfera das Aves, um grande viveiro com cerca de três mil metros quadrados, que reunirá mais de cem espécies, divididas em três biomas: Mata Atlântica, Pantanal e Psitacídeos. Para os visitantes mais aventureiros, há também a opção de um circuito de arvorismo.

Seguindo o trajeto, o visitante chega à Biosfera dos Répteis e Insetos, ambientes com rica vegetação onde se veem tartarugas, cobras e jacarés.

Felinos e caninos ganham muito mais espaço numa biosfera inteira dedicada a eles, onde o visitante é que ficará enclausurado observando tigres e leões através de grandes túneis de vidro.

Os maiores animais terrestres poderão ser observados nadando em grandes tanques cujo acesso se dará por mirantes e por meio de túneis e aquários de acrílico na Biosfera dos Elefantes. O espaço terá quedas d’água, além de passarelas com visão 360 graus para o público. Ursos e animais marinhos também terão suas biosferas, com lagos e tanques transparentes.

A Fazendinha continuará sendo um local de educação, onde as crianças terão contato próximo com os animais. Na área de Savana, que substituirá a atual Passarela da Fauna, o público poderá participar de um safári cujo percurso é feito em um rio artificial com 400 metros de extensão percorrido por barcos. Esse bioma terá espécies como zebras, gnus e girafas — que poderão ser alimentadas pelos visitantes.

Fonte: G1